Ponto de Equilíbrio Financeiro

Entenda o Ponto de Equilíbrio Financeiro, uma das melhores ferramentas para avaliar a saúde financeira e a geração de caixa da sua empresa. Também é útil para análises de investimentos.

Sandro Henrique de Moraes Silva

11/19/20252 min read

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Ponto de Equilíbrio Financeiro: o que é, como calcular e por que ele mostra a real saúde de caixa da empresa

O ponto de equilíbrio financeiro é um indicador essencial para entender quando a empresa deixa de consumir caixa e passa a operar de forma autossustentável. Diferente do ponto de equilíbrio contábil, ele considera apenas os gastos que realmente saem do caixa, desconsiderando despesas que não representam desembolso, como depreciação e amortização.

Neste artigo, você aprenderá o que é o ponto de equilíbrio financeiro, como calculá-lo corretamente e verá exemplos práticos para aplicar imediatamente no seu negócio.

O que é o Ponto de Equilíbrio Financeiro?

O ponto de equilíbrio financeiro(PEF) indica o volume de vendas necessário para que o caixa da empresa não diminua.
Em outras palavras: mostra o nível mínimo de faturamento para que não seja necessário tirar dinheiro do bolso para manter a operação funcionando.

Ele é especialmente importante para empresas que têm:

  • alto investimento em ativos (com depreciação relevante);

  • despesas sem desembolso de caixa;

  • necessidade de controle rigoroso do fluxo de caixa.

Para que serve o Ponto de Equilíbrio Financeiro?

O PEF é utilizado para:

  1. Avaliar a sobrevivência financeira no curto prazo
    Ele mostra o quanto a empresa precisa vender para não perder liquidez.

  2. Reforçar decisões de fluxo de caixa
    Ajuda a prever meses de aperto financeiro.

  3. Planejar momentos de expansão
    Evita que a empresa cresça sem caixa suficiente.

  4. Comparar desempenho real de caixa
    Mostra quando o negócio realmente deixa de consumir recursos do proprietário.

Como calcular o Ponto de Equilíbrio Financeiro

A fórmula é:

PEF = (Custos Fixos – Despesas que não saem do caixa) / Margem de Contribuição Unitária

Entre as despesas sem desembolso, geralmente estão:

  • depreciação;

  • amortização;

  • provisões.

Exemplo 1: Empresa de móveis planejados

Preço de venda unitário: R$ 5.000,00
Custo variável: R$ 3.000,00
Custos fixos mensais: R$ 60.000,00
Depreciação mensal: R$ 8.000,00

Margem de Contribuição Unitária:
5000 – 3000 = 2000

Custos fixos ajustados:
60000 – 8000 = 52000

PEF:
52000 / 2000 = 26 unidades

A empresa precisa vender 26 projetos por mês para que o caixa não diminua.

Exemplo 2: Clínica médica

Consulta: R$ 200,00
Custo variável: R$ 50,00
Custos fixos: R$ 80.000,00
Depreciação de equipamentos: R$ 5.000,00

Margem de Contribuição Unitária:
200 – 50 = 150

Custos fixos ajustados:
80000 – 5000 = 75000

PEF:
75000 / 150 = 500 consultas

A clínica precisa realizar 500 consultas por mês para não ter redução de caixa.

Por que o PEF revela a realidade operacional?

Enquanto o ponto de equilíbrio contábil mostra apenas se o lucro é zero, o ponto de equilíbrio financeiro revela se a empresa está sobrevivendo sem consumir caixa, que é o que realmente importa no curto prazo.

Ele é decisivo para:

  • evitar endividamento desnecessário;

  • identificar meses de risco financeiro;

  • ajustar preços e margens antes que o problema se agrave.

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