O que você precisa saber sobre a Reforma Tributária
Entenda como funciona a reforma tributária no Brasil, quando começa, quais tributos serão substituídos e os principais impactos para empresas. Saiba como se preparar para as mudanças no sistema de impostos e manter a conformidade fiscal.
Sandro Henrique de Moraes Silva
12/13/20254 min read


Reforma tributária no Brasil: entenda o que muda, quando começa e quem será afetado
A reforma tributária é uma das mudanças mais aguardadas no ambiente econômico brasileiro. Ela surge como uma resposta à complexidade do atual sistema de impostos, que envolve regras diferentes para cada estado e município, além de inúmeros tributos que dificultam a vida das empresas. O objetivo é tornar a tributação mais simples, transparente e eficiente tanto para quem empreende quanto para quem consome.
Origem da reforma
O sistema tributário no Brasil é conhecido pela quantidade de regras, exceções e burocracias. Cada tributo possui uma legislação própria, o que aumenta o custo de operação das empresas e a insegurança jurídica. Por isso, há muitos anos se discute a necessidade de modernizar essa estrutura.
A reforma tributária foi criada para unificar impostos, diminuir disputas entre estados, facilitar o crédito tributário e tornar o ambiente de negócios mais competitivo. A proposta também busca aproximar o Brasil de modelos internacionais, que utilizam sistemas mais diretos e centralizados.
Quando começa e quais são os prazos
A implementação será gradual. As primeiras mudanças começam oficialmente em 2026, mas a troca completa do sistema acontecerá ao longo de vários anos, chegando até 2033, quando todos os antigos tributos já terão sido substituídos pelos novos.
Esse período de transição permitirá que empresas adaptem seus processos, sistemas contábeis e rotinas internas.
O que muda na prática: os novos tributos e o que eles substituem
O principal foco da reforma é simplificar. Por isso, vários tributos atuais serão substituídos por um conjunto muito menor de impostos mais amplos e unificados. Veja a explicação de forma simples:
CBS – Contribuição sobre Bens e Serviços
A CBS será um tributo federal único e vai substituir o PIS e a Cofins.
Ela incidirá sobre praticamente todas as operações envolvendo bens e serviços no país.
A grande mudança é que a CBS terá regras mais claras e crédito financeiro amplo, evitando acúmulo de impostos ao longo da cadeia de produção.
IBS – Imposto sobre Bens e Serviços
O IBS será um imposto compartilhado entre estados e municípios.
Ele vai substituir o ICMS (estadual) e o ISS (municipal).
O objetivo é acabar com as diferenças de regras entre estados e cidades, criando um sistema único, com alíquota padrão e mais fácil de apurar.
Imposto Seletivo
O Imposto Seletivo não substituirá nada diretamente. Ele será um tributo extra aplicado apenas a produtos que prejudiquem a saúde ou o meio ambiente.
Na prática, funciona como um imposto regulatório — por exemplo, sobre cigarros, bebidas alcoólicas e itens de alto impacto ambiental.
Essa simplificação deve reduzir custos operacionais e acabar com a guerra fiscal entre estados.
Como ficará a tributação para as empresas
Com os novos tributos, a forma de tributação ficará mais parecida com a usada em outros países que adotam modelo semelhante ao IVA (Imposto sobre Valor Agregado). Na prática:
haverá menos tributos, com regras mais padronizadas;
a apuração será mais simples e clara;
não haverá diferentes interpretações entre estados e municípios;
créditos tributários serão mais transparentes;
a complexidade das obrigações acessórias deve diminuir.
Tudo isso tende a facilitar o planejamento, reduzir erros e diminuir tempo gasto com processos fiscais e contábeis.
Quais empresas serão mais afetadas
Todas as empresas que trabalham com produtos ou serviços serão impactadas de alguma forma. No entanto, algumas sentirão mais o impacto por atuarem em operações mais sensíveis à tributação:
indústrias, que lidam com grande volume de insumos;
varejistas e atacadistas, devido ao fluxo intenso de mercadorias;
empresas de serviços, que podem ver aumento ou redução de carga tributária dependendo da alíquota final;
negócios que operam em diversos estados, que se beneficiarão da uniformização do ICMS;
setores com longas cadeias produtivas, que serão influenciados pela forma de concessão de créditos.
Empresas menores também sentirão mudanças, mas poderão se beneficiar da simplificação ao longo do tempo.
Principais impactos esperados
redução da complexidade e das divergências tributárias;
maior transparência na cobrança dos impostos;
diminuição do custo operacional para empresas;
possibilidade de reorganização das margens e precificação;
necessidade de atualização de sistemas e processos internos;
impacto direto nas cadeias produtivas, importações e exportações.
A reforma também deve melhorar o ambiente de negócios, ajudando empresas a focarem mais na operação e menos na burocracia fiscal.
Conclusão
A reforma tributária marca uma das maiores mudanças já vistas no sistema fiscal brasileiro. Com a unificação dos tributos e a simplificação das regras, empresas terão mais clareza e previsibilidade na gestão de impostos. Apesar disso, o período de adaptação exigirá planejamento, revisão de processos e acompanhamento constante das alterações.
Se a sua empresa quer se preparar para esse novo cenário e entender detalhadamente os impactos da reforma tributária, fale com um de nossos especialistas. A ASK Controladoria oferece assessoria completa para ajudar sua empresa a implementar as mudanças necessárias e acompanhar a transição com segurança e eficiência.
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